29 de outubro de 2017

Em águas sombrias, de Paula Hawkins

Sinopse: Nos dias que antecederam sua morte, Nel ligou para a irmã. Jules não atendeu o telefone e simplesmente ignorou seu apelo por ajuda. Agora Nel está morta. Dizem que ela se suicidou. E Jules foi obrigada a voltar ao único lugar do qual achou que havia escapado para sempre para cuidar da filha adolescente que a irmã deixou para trás.
 Mas Jules está com medo. Com um medo visceral. De seu passado há muito enterrado, da velha Casa do Moinho, de saber que Nel jamais teria se jogado para a morte. E, acima de tudo, ela está com medo do rio, e do trecho que todos chamam de Poço dos Afogamentos...
 Com a mesma escrita frenética e a mesma noção precisa dos instintos humanos que cativaram milhões de leitores ao redor do mundo em seu explosivo livro de estreia, A garota no trem, Paula Hawkins nos presenteia com uma leitura vigorosa e que supera quaisquer expectativas, partindo das histórias que contamos sobre nosso passado e do poder que elas têm de destruir a vida que levamos no presente.

 Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisadx.

 Opinião: Eu já terminei de ler esse livro já faz um tempo (por esse motivo não houve post no sábado, dia 21/10), mas demorei para postar essa pseudo-resenha porque queria refletir de realmente gostei tanto do livro do que quando imediatamente o terminei. E sim, gostei a ponto de torná-lo favorito. Mais uma vez Hawkins me surpreendeu com sua escrita e histórias de personagens tão diferentes mas que se entrelaçam perfeitamente. Uma história tão cativante para mim como foi A garota no trem. Hawkins consegue criar tantos personagens únicos em sua história que sozinhos eles dariam um livro fácil, fácil. E sim, estou com um pouco de dificuldades em começar essa pseudo-resenha, mas vamos tentar...
 O livro começa com uma passagem um tanto quanto estranha, de uma mulher sendo afogada por homens, uma cena rápida e logo estamos com a personagem  principal, Jules (ou Julia para alguns, mas não entendi muito bem essa troca de nomes), tendo que voltar para a cidade onde prometeu que não voltaria de novo, e culpando sua irmã, que cometeu suicídio, por fazê-la voltar. Temos um corte nessa cena e vamos para Josh, um garoto por volta dos 12 anos que perdeu a irmã mais velha também para o suicídio alguns meses antes de Nel, e que conta o dia em que Nel morreu e sua mãe chega para contar a notícia ao seu pai. Aí voltamos para Jules chegando na cidade e tendo que lidar com a sobrinha rebelde e com o reconhecimento do corpo, além das investigações acerca da morte de sua morte, que pode não ter sido suicídio (esqueci de falar, mas Nel pula de um penhasco que tem perto do rio).
 O rio é o elemento principal, senão a personagem principal, já que a história toda se desenrola em torno dele. O livro é todo escrito a partir do ponto de vista de vários personagens, então não vou ficar escrevendo o que aconteceu no começo de cada um senão isso vai ficar enorme. Tentarei falar um pouco de cada um que possui "voz".
 Lena é a filha de Nel, sobrinha de Jules, e é uma adolescente um pouco rebelde e que não demostra muito seus sentimentos perante a tia, ou a qualquer outra pessoa. Mas ao decorrer da leitura entendemos o porquê dela ser assim. Ela era a melhor amiga de Katie, a menina que se suicidou alguns meses antes de sua mãe. E, ao meu entender no começo da leitura, ela tornou-se assim depois da morte de sua amiga.
 Temos também Mark, um professor de Lena e Katie, e que não entendi muito bem o porquê ele estar tendo "voz", mas no decorrer da leitura nós entendemos perfeitamente. E temos Josh, como já falado, o irmão de Katie, que tem uns capítulos um pouco confuso por ele ser criança e guardar um segredo meio sombrio sobre sua irmã, segredo esse que Lena compartilha. A personagem mais esquisita pra mim é Nickie, um senhora bem velha que diz ter o dom de conversar com os mortos, e que parece ser o ponto crucial da história. Não podemos esquecer de Louise, mãe de Katie, que culpa Nel e Lena por terem feito sua filha se suicidar.
 Sean é um morador da cidade e que está investigando o caso de Nel, e que também guarda um segredo, como parece ser todos da cidade, e é filho de Patrick, um policial aposentado bem durão e que protege a família a todo custo. Sean é casado com Hellen, uma mulher apática e diretora da escola da cidade, e que tem uma passagens bem estranhas. Além de Sean na investigação, temos também Erin, uma detetive que foi mandada de Londres para ajudar com a investigação. Ela sim tem capítulos bons e que nos fazem pensar sobre os suicídios.
 Intercalando esses personagens, temos passagens do livro que Nel estava escrevendo sobre as mortes no Poço dos Afogamentos, desde 1679 até Katie, a penúltima vítima do poço. Essas passagens são esclarecedoras em alguns momentos, mas confusos em outros.
 A história se desenrola em poucos dias, mas com uma carga de problemas e reviravoltas impressionante. E dividido em quatro partes, sendo que a última parte se passa ao longo do ano seguinte, e que, em seu último capítulo, tem a revelação principal do livro, e que me deixou refletindo por um bom tempo depois de tê-la lido. Não vou prolongar ainda mais essa pseudo-resenha, porque ela já está enorme, só digo que é favoritado.

 Se você gostou de Em águas sombrias, pode gostar também de:
 O adulto, de Gillian Flynn;
 O chamado do cuco, de Robert Galbraith (vulgo J.K. Rowling);
 O Escolhido, de Sam Bourne;
 Poder Absoluto, de David Baldacci.

 Até o próximo.

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