11 de julho de 2014

Dever de capitão, de Richard Phillips

 Sinopse: Em 30 de março de 2009, Richard Phillips, experiente oficial da marinha mercante dos Estados Unidos, assumiu o comando do navio cargueiro Maersk Alabama com a missão de transportar toneladas de alimentos desde Omã, na península Arábica, até o Quênia. Uma viagem relativamente rápida e tranquila.
 Mas havia uma ameaça no horizonte. O navio precisava atravessar uma das regiões mais perigosas do mundo: o golfo de Áden, ao norte da costa da Somália, cujas águas são dominadas por piratas.
 Ciente do perigo, o capitão manteve o navio longe da costa e ficou de olho no radar em busca de qualquer sinal de problema. Até que apareceu na tela um ponto não identificado, uma lancha, aproximando-se em alta velocidade do cargueiro. Os homens a bordo, vistos pelo binóculo, pareciam armados. Para Phillips, as circunstâncias eram bem claras: ele e sua tripulação estavam sob ataque.
 Dever de capitão é a história dolorosa real de um marinheiro sob a mira de piratas somalis nos mares do leste da África. Durante quase uma semana, o capitão precisou combinar treinamento e instinto para sobreviver e, principalmente, tentar proteger sua tripulação.
 A experiência de Phillips chamou a atenção da imprensa internacional para o perigo da pirataria em pleno século XXI e revelou a realidade da vida no mar. O relato, que inspirou o filme Capitão Phillips, é um exemplo comovente e resistência diante do perigo.

 Aviso: Como esse livro é uma história real, não ficarei preocupado em colocar Spoilers. Você foi avisado.

 Opinião: Antes de mais nada eu quero avisar que a sinopse do livro já diz muita coisa sobre o mesmo, e já sabemos o  seu final, uma vez que quem escreve é o próprio Phillips, por isso o aviso anterior. Outra coisa que eu quero falar é que Dever de capitão eu ganhei em uma cortesia do Skoob (primeiro de muitos, pelo menos eu espero, rs), esse seria um livro que eu não compraria devido a capa ser a do filme (de nome Capitão Phillips, com Tom Hanks), e a história não chamou muito minha atenção, mas como ganhei, resolvi lê-lo, e acabei gostando um pouco.
 O livro já começa com o capitão Phillips amarrado em uma embarcação pequena junto com os piratas somalis, que haviam batido nele. Essa "Introdução", para mim, foi um modo de chamar a atenção do leitor para o que tem no livro, porque depois fica um pouco chato e desconfortável para ler. Continuando, o capítulo Um é 10 dias antes da "chegada" dos piratas a bordo do Maersk Alabama. Richard vai nos contando coisas sobre sua vida, uma pequena autobiografia. Ele conta sobre sua família, seu treinamento na academia, suas viagens anteriores antes de se tornar capitão de um navio da marinha mercante estadunidense.
 Algumas coisas são muito interessantes nesses primeiros capítulos, Richard nos explica, de modo bem rápido, como um navio funciona, quem trabalha nele, como é a hierarquia dentro do mesmo, e afins. Eu gostei de saber como funciona um navio; e era curioso para saber isso. As partes em que ele fala dos EUA e do resto do mundo que me irritou, porque ele fica dizendo o tempo todo países de "Terceiro Mundo", mas somos, tanto as Américas do Sul e Central, com México, quanto a África e Ásia, países de "Terceiro Mundo"? Eu já não acho. Só porque os EUA são o país mais rico do mundo não significa que eles são os melhores, olhem quantos erros eles, quanto todos, já cometeram. Mas enfim, isso me deixou desconfortável um pouco, e também o que me fez desgostar um pouco do livro.
 Antes dos piratas somalis sequestrarem o navio, Richard foge de alguns piratas também, mas o que o ajudou a escapar foram as ondas altas que retardavam o barco dos piratas. Mas na segunda vez, Richard não tem tanta sorte assim. Quatro piratas somalis embarcam no Maersk Alabama e fazem de refém Richard e mais três marinheiros. O resto da tripulação está escondida na sala de máquinas, onde o chefe de máquinas controla o navio, uma vez que Richard avisa por meio do rádio que piratas estavam invadindo o navio. Após a invasão, Richard e o pirata que se diz o Líder ficam fazendo jogos mentais entre eles, Richard se fazendo de bobo e falando que eles quebraram o navio, e o Líder dizendo que ele não é pirata, só os outros três, mas é claro que Richard não acredita. Em uma revista do Líder no navio, ele é capturado pela tripulação e quem trocá-lo pelo capitão Richard. A troca é aceita, e quando ocorre a troca, os piratas capturam Richard no barco que eles iriam fugir.
 A partir daí as coisas só complicam para Richard. Ele tenta fugir e consegue, mas os piratas acabam conseguindo pegá-lo na água, e é aí que ele apanha e fica amarrado pelos piratas. Algumas cenas que Richard fica nesse barco faz com que você se sinta como ele se sentiu, as humilhações, as ameaças de morte, os jogos psicológicos feito por Líder que quase fazem com que Richard sucumba aos piratas. A única coisa que mantem Richard com a cabeça no lugar é lembrar de sua esposa e seus dois filhos. Estava esquecendo de falar que em algumas partes, Richard nos conta o que estava acontecendo em sua casa em Vermont, nos EUA, segundo o que sua mulher contou a ele depois, e algumas partes aí também são percebidas sentimentalmente por nós. Já falei de demais, leiam o livro e o avaliem também. Uma história de superação e força de vontade.

PS.: Nesse post não haverá Se você gostou de... pelo motivo de esse ser um livro com uma história real, e eu nunca li livros assim.

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