Sinopse: Os atenienses Ânito, Meleto e Licão, os principais acusadores de Sócrates, não defendiam apenas que o filósofo corrompia a juventude; eles lutavam também pelas virtudes da tradição poética vinculada a Homero. Aristófanes, um dos responsáveis, segundo Sócrates, dos preconceitos contra o filósofo, era outro grande defensor dessa virtude.
Sócrates, de certe forma, estava em guerra com a tradição poética grega. O método de Sócrates era o oposto à narrativa épica de Homero. Sua dialética não tinha nada de semideuses com superpoderes e histórias de incrível coragem. Ao contrário, Sócrates questionava os métodos, as virtudes e as ideias dos poetas; ele defendia novas virtudes. Ao invés do combate físico, Sócrates queria o combate retórico, no qual o melhor argumento filosófico era sempre o vencedor.
Opinião: Esse foi o primeiro livro de filosofia que eu li, e gostei por ser um tipo de leitura diferente. Como a maioria que estudou Sócrates sabe que ele nunca escreveu nada, quem escrevia o que ele falava era seu "aluno" mais aplicado, Platão, e nesse livro é Platão que escreve tudo o que foi tido no julgamento de Sócrates, o que ocasionou sua morte por envenenamento. Não vou falar como foi o julgamento porque o livro não é voltado para isso, mas sim aquilo que Sócrates fala e que, algumas coisas, levamos até hoje.
Sócrates é acusado de corromper a juventude ateniense devido às suas ideias de democracia e afins e de ser considerado ateu. Assim ele é levado a julgamento pelos seus amigos, que ficaram contra ele. Durante o julgamento, Sócrates fala que só dirá a verdade, e é isso que ele faz, preferindo morrer do que mentir diante da justiça ateniense. Algo que hoje poucos fazem diante da Justiça, mesmo fazendo os votos de dizer somente a verdade e nada mais do que a verdade. Enfim, Sócrates fala do que ele acha certo e errado, e no fim ele é condenado a tomar cicuta e morrer. Mas no final do julgamento Sócrates deixa uma dúvida aos seus acusadores: "E agora chegou a hora de nós irmos, eu para morrer, vós para viver; quem de nós fica com a melhor parte ninguém sabe, exceto os deuses."
Esse foi um post bem rápido, não tenho muito o que falar sobre este livro, o que aprendi são coisas que eu interpretei, e não é justo eu fazer a cabeça de vocês que lerem esse post. Com isso, até o próximo.
"...A noite chega, e agora começa minha vigília. Não terminará até a minha morte... Viverei e morrerei no meu posto. Sou a espada na escuridão. Sou o vigilante nas muralhas. Sou o fogo que arde contra o frio, a luz que traz consigo a alvorada, a trombeta que acorda os que dormem, o escudo que defende os reinos dos homens. Dou a minha vida e a minha honra à Patrulha da Noite, por esta noite e por todas as noites que estão para vir." Votos da Patrulha da Noite
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