17 de setembro de 2013

A Mulher de Preto, de Susan Hill

 Sinopse: O jovem e entusiasmado Arthur encara como uma grande aventura sua primeira viagem a trabalho para Crythin Gifford, onde deve comparecer ao enterro de uma das mais importantes clientes da empresa de advocacia em que trabalha.
 Sem família nem amigos, tudo o que a falecida Sra. Drablow deixou foi a estranha Casa do Brejo da Enguia, um lugar inóspito, de acesso restrito pelas altas e baixas da maré, e que o habitantes do vilarejo próximo parecem dispostos a evitar a todo custo. Descartando tais temores como meras superstições, Arthur permanece inabalável em sua decisão de ir à misteriosa casa e prosseguir com seu trabalho de separar os documentos da ex-moradora.
 No entanto, passar a noite em uma casa envolta em névoa e cercada pelo pântano, a quilômetros do vizinho mais próximo, pode ter um efeito inesperado em um homem solitário. Sons e acontecimentos inexplicáveis suscitam o medo e a curiosidade de Arthur, que, impetuoso, decide ir a fundo na história dos estranhos eventos que rondam aquele lugar.

 Aviso: Tentei evitar ao máximo colocar Spoilers, do livro e do filme, mas talvez tenha um ou outro. Você foi avisado.

 Opinião: Se não fosse pelo filme, eu não leria esse livro. E se o filme não fosse feito por Daniel Radcliffe (que para mim, e para muitos outros, será o eterno Harry Potter), eu não veria o mesmo. Primeiro assisti o filme, e que gostei muito. E só agora eu li o livro. Ele é bem pequeno, 207 páginas, e eu terminei em dois ou três dias, não lembro muito bem, rs, mas porque ainda estava estudando e o tempo era bem curto para leitura. Mas enfim, vamos à resenha.
 O livro é diferente do filme em muitas coisas, principalmente em como começa a história e as personagens que compõem a trama. Como aconteceu no começo do livro, não é bem um spoilers. É véspera de Natal, Arthur Kipps está com sua família reunido em sua casa para comemorar. Os seus enteados e filhos começam a contar histórias de terror entre eles, e quando chega a vez de Arthur contar, ele sai da sala nervoso e começa a lembrar do acontecido. No capítulo dois, ele começa a escrever o que realmente aconteceu na Casa do Brejo da Enguia.
 Arthur é muito melancólico desde o começo do livro. E é no começo que a mulher de preto faz sua primeira aparição a Arthur, no enterro da Sra. Drablow. A descrição dela é muito boa, Arthur faz com que sentimos medo e angústia quando ela está perto. Tem uma passagem que ele demostra isso bem: "Se a aversão e a maldade eram dirigidos a mim, eu não tinha como saber. Não tinha motivo algum para supor que pudessem ser, mas naquele momento estava longe de ser capaz de basear minhas reações em razão e lógica, pois a combinação do local isolado e peculiar com a aparição repentina da mulher e o horror de sua expressão começou a me encher de medo. [...] Eu nunca havia me visto tão preso e dominado por tamanho pavor, horror e medo do mal. Era como se eu tivesse ficado paralisado. Não podia suportar ficar ali, por medo, mas também não me sobravam forças no corpo para me virar e fugir, e estava mais certo do que nunca de que, a qualquer segundo, cairia morto naquele miserável pedaço de terra.". Quem não ficaria com medo disso? Eu fiquei. A Casa do Brejo da Enguia é como se fosse uma ilha no meu do pântano, e quando a maré sobe, a estrada que leva até à casa fica submersa. Existem poucos personagens, e se eu colocá-los aqui irá perder a "graça" de quem ainda vai ler.
 Eu não pretendia fazer uma postagem grande, uma vez que o livro é bem pequeno. E vou cumprir de não fazer, acho que a passagem acima diz por muita coisa. Um livro que recomendo, se você "gosta de sentir frio na espinha.". Vou rever o filme e tentar fazer uma comparação entre os dois. Até o próximo post.

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