Pressinto estranho ser junto de mim.
Soturnamente, avança o espectro mau,
Com esgares terríveis de animal
Sedento do meu sangue, do meu fim.
Os pêlos eriçados de terror
Falam do meu estado neste instante
Em que o temor se instala, alucinante,
ante este inusitado dissabor.
Emite o espelho o espanto do meu rosto.
Nenhum reflexo de outro vulto, e um grito,
Esboça-se no meu peito assaz aflito.
Quero livrar-me breve deste encosto
E, à tênue luz da Lua, vejo bem,
A sombra de mim mesmo e mais ninguém.
Esse poema estava a muito tempo perdido no meu computador, sem o nome do autor, mas fazendo algumas pesquisas de boca, cheguei a conclusão de que talvez possa ser de Drummond, pelo modo da escrita. Até mais...E um bom Domingo para todos.
palavras as vezes salvam almas...
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